I PALESTRAS
Os apelos do nosso mundo indicam que não basta mais saber ler e escrever; é preciso tornar-se um efetivo usuário da escrita. Contrariando este princípio, muitas práticas alfabetizadoras insistem na aprendizagem instrumental, fazendo prevalecer na escola atividades de codificação e decodificação. Por outro lado, as tentativas de transposição pedagógica dos projetos de letramento na escola sofrem distorções. Pautada nesta problemática, a palestra visa analisar os conceitos de alfabetização e letramento, discutindo suas relações e implicações para a prática pedagógica.
Ao repensar o tradicional conceito de alfabetização, a palestra pretende enfocar 10 grandes metas a partir das quais o ensino da língua ganha sentido na escola: a formação do ser social, comunicativo, falante, produtor de texto, leitor, intérprete, revisor, estudante, pensante e pesquisador. Assim, superando a perspectiva mecânica e instrumental da aprendizagem, postula a escrita como eixo privilegiado na edificação do ser humano.
O tema da alfabetização na Educação Infantil sempre foi polêmico porque, se por um lado, alguns educadores defendiam a necessidade de preparar o aluno para a leitura e a escrita já neste segmento, outros insistiam na intervenção de caráter menos diretivo, que explorasse prioritariamente atividades artísticas, sociais e recreativas. Superando a abordagem dicotômica, a compreensão do ensino da língua escrita como inserção do sujeito no universo letrado reconfigura a prática pedagógica na infância, trazendo novos desafios ao educador. A constituição de um ambiente alfabetizador no âmbito escolar justifica-se por modalidades de intervenção que possam, simultaneamente, respeitar a condição sociocultural dos alunos e desafiá-los para a aventura cognitiva de compreender o mundo, ampliando seus recursos comunicativos.
Ao longo da trajetória escolar, muitos alunos aprendem a escrevem, mas têm dificuldades de se expressar. Não raro, eles escrevem, mas deixam de desenhar; escrevem, mas deixam de dizer; escrevem, mas evitam as atividades de leitura e escrita. Defendendo a educação das múltiplas linguagens, a palestra tem como objetivo analisar as relações entre o desenho e a escrita, discutindo as tendências do fracasso e as implicações pedagógicas.
Partindo do princípio de que a prática pedagógica é tributária de concepções acerca da sociedade, do ser humano e da educação, o objetivo do encontro é situar os fios epistemológico que regem essas relações em diferentes modelos de ensino: empirismo, inatismo e construtivismo. Com base nesse paradigma, a compreensão dos processos cognitivos e dos fatores neles interferentes é o melhor aval para se repensar o papel do professor e os desafios da prática pedagógica construtivista. Afinal, como aproximar os processos de ensino e aprendizagem
Muito frequentemente as explicações para a indisciplina, a apatia dos alunos e o fracasso escolar recaem sobre a suposta incompetência do professor – seu despreparo ou desmotivação – sem considerar a problemática na sua perspectiva mais ampla. Na tentativa de ampliar a compreensão deste tema, a palestra tem como objetivo analisar as relações entre a formação continuada e a realidade da vida escolar a partir dos seguintes eixos de abordagem: o eu profissional, as condições de trabalho, as relações na escola e a construção da prática pedagógica.
Indiscutivelmente, Emilia Ferreiro e os estudos por ela liderados representaram um divisor de águas no modo como se compreende o processo de alfabetização, as práticas de ensino e o papel do professor. Ao lado das indiscutíveis contribuições teóricas e das relevantes diretrizes para a intervenção pedagógica, persistem ainda dificuldades e resistências para a transposição didática. Por isso, 30 anos após a publicação dos primeiros estudos sobre a psicogênese da língua escrita, vale a pena perguntar; para onde vai o construtivismo no Brasil?
Entendendo a vida escolar como algo que supera a transmissão de conteúdos, a palestra tem como objetivo situar a trajetória da vida estudantil como um longo processo formativo. Neste sentido, vale a pena considerar: como se configura o desafio educacional da escola e quais são os seus desafios? Como explicar os focos de tensão entre a escola e o aluno? O que a escola representa para os estudantes de diferentes faixas etárias e quais as suas perspectivas de trabalho educativo?
Rechaçando as explicações tradicionais e reducionistas sobre os problemas do ensino ou os problemas de aprendizagem, a palestra tem como objetivo analisar a complexidade do fracasso escolar com base nas relações entre o mundo e o aluno, o mundo e a escola, a escola e o aluno. Afinal, qual é a razão que os alunos têm pra aprender? O que a escola deveria ensinar? Como os vínculos dos estudantes com a escola ou com os professores podem afetar o processo de aprendizagem?
A palestra tem como o objetivo situar as dimensões linguística, cognitiva, pedagógica e sociocultural do aprender a ler e escrever. Com base nesta abordagem, pretende-se ampliar a compreensão dos processos de ensino e aprendizagem e dos mecanismos de resistência ao saber e, desta forma, favorecer a reflexão sobre o papel do professor em sala de aula e sobre as diretrizes da ação educativa.
Partindo da compreensão do “o que se ensina quando se ensina a ler e escrever” e do “como se aprende a ler e escrever”, a palestra visa ampliar o debate sobre as relações entre o ensino e a aprendizagem e, por essa via, situar os desafios da prática pedagógica no contexto da sociedade letrada.
Ao criticar os mecanismos de tensão típicos da relação família e escola e, ainda, defender a educação como um projeto de parceria em longo prazo, a palestra tem por objetivo situar as especificidades dos diferentes momentos da trajetória escolar, discutindo, a partir deles, o papel da família na edificação pedagógica e social de nossas crianças e jovens.
Tomando como base os processos cognitivos relacionados à leitura e produção textual, a palestra visa discutir as práticas do ensino da língua escrita na escola, buscando a relação entre o ensino e a aprendizagem. Afinal, é possível ensinar a ler e escrever na escola?
A palestra tem como objetivo colocar em evidência as dimensões linguística, cognitiva, sociocultural e pedagógica do processo alfabetização a fim de situar a prática pedagógica na Educação Infantil.Afinal, o que ensinamos quando ensinamos a ler e escrever? Como se aprende a ler e escrever? Para que se aprende a ler e escrever? Como se ensina a ler e escrever?
A palestra parte dos conceitos de “limites”, “disciplina” e “indisciplina” para construir um quadro crítico e interpretativo sobre as diferentes dimensões do problema (aspectos relacionais, intra e extraescolares, sociopolíticos e éticos) e as perspectivas de enfrentamento.
A palestra se propõe a analisar a constituição docente em face das complexas condições profissionais, perspectivas de trabalho, posicionamento pessoal e desafios da prática pedagógica.
Partindo da revisão das concepções de leitura, a palestra tem por objetivo por em evidência as competências vinculadas ao complexo processo de interpretação e construção de sentidos do texto. Nesta perspectiva, coloca em pauta os desafios do educador que, ao longo da trajetória escolar, deve investir no processo de letramento, visando a aprendizagem da leitura e a própria formação do leitor.
Considerando a configuração de um novo mundo, marcado por novos e velhos problemas sociais, a palestra tem como objetivo situar os desafios da prática docente a partir da revisão do papel do conhecimento, da introdução das novas tecnologias no âmbito escolar e dos impasses na relação entre professores e alunos.
A palestra tem como objetivo problematizar as tensões nas relações entre professores e alunos, mostrando seus diversos modos de ocorrência na escola a fim de situar as diretrizes para a superação do problema em diferentes fases da vida estudantil.
Considerando a complexidade da educação e os apelos de nosso mundo, a palestra tem como objetivo enfocar as dimensões filosófica, ética, psicossocial, pedagógica, didática, metodológica e profissional da vida escolar para que se possa repensar os desafios dos professores.
A aula tem o objetivo de situar, no âmbito dos estudos da Psicologia, três modos de se interpretar as diferenças individuais e culturais, e suas implicações para o processo educativo. Ao aprofundar na abordagem histórico-cultural, é possível compreender as bases culturais da aprendizagem e do desenvolvimento humano, um referencial que amplia o entendimento sobre a realidade das escolas brasileiras. A esse respeito, vale perguntar: como a escola leva em consideração o universo cultural de seus alunos? Como as pessoas aprendem a partir de seu universo cultural?
Partindo de uma análise dos movimentos da web na sua relação com as práticas de ensino, a palestra pretende problematizar a apropriação que a escola faz da tecnologia, chamando a atenção para os dois extemos: o risco de um ensino superado e o risco da idolatria à informática. Para complementar, apresenta diretrizes de trabalho e exemplos práticos.
Partindo da distinção entre conflito e confronto, a palestra tem o objetivo de discutir as relações na escola pela análise dos seguintes focos de tensão: 1º) conflitos do professor; 2º) conflitos professores-escola; 3º) conflitos escola-famílias; 5o) conflitos educadores e alunos; 6º) conflitos professor-alunos; 7º) conflitos entre alunos. Para finalizar, procura apresentar algumas diretrizes de encaminhamento, enfatizando aspectos pontuais corretivos e preventivos.
A palestra tem como objetivo discutir a complexidade da alfabetização a partir de suas dimensões linguística, sociocultural, cognitiva e pedagógica. Afinal, o que ensinamos quando ensinamos a ler e escrever? Por que e para que ensinamos a ler e escrever? Como se aprende a ler e escrever? Quando e como ensinar a ler e escrever? Com base nestes questionamentos, pretende-se situar não apenas as diretrizes de ensino como também as implicações pedagógicas.
Com o objetivo de promover o autoconhecimento, tão importante na vida social e profissional dos jovens, a palestra visa apresentar as inteligências múltiplas e discutir os conceitos de inteligência emocional e fluxo. Com base nesses referenciais, promove uma sondagem das inteligências individuais, a partir da qual chama-se a atenção para a complexidade na constituição de cada pessoa e suas implicações para a opção profissional.
A palestra tem como objetivo analisar diferentes planos de organização do ensino, particularmente, no que diz respeito ao planejamento das práticas de alfabetização. Para tanto, coloca em evidência aspectos indissociáveis quem merecem a consideração do professor: conceitual, procedimental, operacional e avaliativo.
Com o objetivo de captar os sentidos do fracasso escolar, a palestra visa apresentar a complexidade dos quadros que sustentam a não-aprendizagem, buscando captar o vínculo dos estudantes com a escola e a relação que eles estabelecem com o processo de aprendizagem ou com os diferentes campos de conhecimentos. Com base nesse referencial, aponta diretrizes para a prática pedagógica com alunos em recuperação.
No ano de 2020, educadores e pais foram surpreendidos pelo cenário inédito do ensino remoto e, posteriormente, pelo ensino híbrido. No enfrentamento das dificuldades encontradas para a construção de modalidades alternativas de ensino e aprendizagem, quatro pontos merecem destaque: a relação da escola com as famílias, a organização institucional, a ressignificação do ensino da língua e o atendimento aos alunos. Compreender cada um desses aspectos é o melhor aval para lidar com o contexto escolar inusitado, buscando diretrizes para a prática pedagógica.
Como o propósito de apoiar professores no estímulo à pesquisa e projetos de Iniciação Científica, a palestra volta-se para docentes, coordenadores e alunos, não só apresentando os objetivos de tais propostas e etapas de trabalho, como também, partilhando desafios e experiências vividas.
Ao refutar o princípio (bastante arraigado na cultura pedagógica) de que a leitura se faz pela mera habilidade de decodificar a escrita, o evento tem o propósito de elucidar a complexidade da formação do sujeito leitor e intérprete, situando a fluência como um produto de diversos processos cognitivos. Para tanto, parte de uma exposição sobre as concepções de leitura e suas implicações pedagógicas. A seguir, propõe uma oficina de leitura, na qual os participantes são convidados a vivenciar diferentes competências leitoras. Finalmente, faz uma análise dos princípios da prática em sala de aula.
Ao discutir a concepção de língua e de aprendizagem, a palestra tem o propósito de situar as bases que subsidiam as práticas de ensino da escrita. Afinal, como aproximar o ensino do contexto social? Como compreender as diferenças de aprendizagem? Como (res)significar os conteúdos de língua portuguesa desde a Educação Infantil até a sistematização da língua escrita? Quais as diretrizes que favorecem a transposição didática dos fundamentos teóricos ao trabalho em sala de aula?
O encontro procura associar Fundamentação e Atividades Práticas com base nos seguintes tópicos de abordagem:
1) O que é produção textual;
2) Propósitos da produção textual;
3) Condicionantes da produção textual;
4) Processos de construção linguística;
5) Produção textual no contexto do ensino da Língua Portuguesa;
6) Práticas pedagógicas, estratégias e exemplos de sequências didáticas.
Tempo de duração: 4 horas
Com o propósito de situar as contribuições de Bakhtin para as práticas discursivas no ensino da leitura e da escrita, a palestra procura situar a concepção dialógica de língua, explorando também os conceitos de polifonia, dialogia e responsividade. A partir desse referencial, discute a natureza constitutiva da língua, suas dimensões no processo de ensino-aprendizagem e as implicações pedagógicas.
II CURSOS PARA EDUCADORES OU GRUPOS DE ESTUDOS
(a partir de 5 horas)
- a) Alfabetização e letramento na Educação Infantil e Séries Iniciais
- b) Psicologia da educação para professores: da construção do conhecimento à constituição das relações na escola
- c) A língua na escola: concepções, processos cognitivos e implicações pedagógicas
- d) Desenvolvimento e aprendizagem: aportes teóricos e implicações para as práticas pedagógicas
Com o propósito de situar as contribuições de Bakhtin para as práticas discursivas no ensino da leitura e da escrita, a palestra procura situar a concepção dialógica de língua, explorando também os conceitos de polifonia, dialogia e responsividade. A partir desse referencial, discute a natureza constitutiva da língua, suas dimensões no processo de ensino-aprendizageme as implicações pedagógicas.
III PALESTRAS PARA PAIS E FAMÍLIAS
Em um mundo onde a tecnologia encurtou as distâncias e ampliou os canais de comunicação, a linguagem faz parte de um importante instrumental de emancipação social e sobrevivência. Lamentavelmente, os mesmos recursos que libertam o sujeito podem aprisioná-lo. Por isso, mais do que nunca é preciso investir no desenvolvimento do potencial expressivo de nossos filhos. Ao considerar o desenvolvimento do conjunto das linguagens na infância e adolescência, a palestra pretende chamar a atenção para as várias dimensões desse processo: o dizer e o pensar, o trânsito entre as várias linguagens, a fala como construção de saberes e significados, a palavra no jogo da manipulação.
Considerada um dos maiores problemas da juventude, a indisciplina é, indiscutivelmente, um desafio para todos aqueles que se preocupam com a educação. Quais os significados dos problemas de comportamento? Como e por que eles aparecem? Impor limites é necessariamente reprimir a liberdade para domesticar o sujeito?
Considerando a longa trajetória da Educação Infantil ao Ensino Médio, a palestra tem o objetivo de problematizar a especificidade de cada segmento e, em função das prioridades desafios e dilemas de cada faixa etária, discutir o papel dos pais e familiares no apoio às crianças e aos adolescentes.